História
A ideia de estabelecer uma casa de religiosos carmelitas descalços com uma capela, em São Paulo, foi primeiramente aventada a partir de uma visita à cidade de Frei Guilherme de Santo Alberto, Provincial da Ordem em Roma, em outubro de 1923. Atraído pelas inúmeras possibilidades aqui oferecidas, decidiu dar andamento aos trâmites necessários à aquisição de um imóvel adequado a tal finalidade.
A assinatura do contrato de compra e venda de uma casinha e de um terreno na Avenida Lins de Vasconcelos, esquina com a Rua Antônio Tavares, foi firmada no final do mesmo ano pelo Vigário-Geral, Frei Serafim de Santa Teresa.
Os frades logo constataram a inadequação geográfica de sua nova residência devido ao despovoamento da região em que se inseria; essa condição foi agravada com a deflagração de uma revolta militar nos arredores, em 5 de julho de 1924.
Reconhecendo a difícil situação do convento de São Paulo, os superiores autorizaram Frei Serafim a adquirir uma casa no bairro de Higienópolis, com terreno contíguo, de propriedade de Cornélia Gaffré Ribeiro. O prédio, situado no nº 49 da Rua Maranhão, teve seu porão adaptado pelo engenheiro Fiorello Panelli e transformado em capela, inaugurada no dia 8 de março de 1924, com missa solene oficiada por Frei Nicolau de São José. Desde o início, porém, devido ao grande número de fiéis, se previa a construção de um templo maior.
No dia 13 de dezembro de 1925, o Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, abençoava a primeira pedra do edifício que viria a se tornar a Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus. Foi realizada nessa ocasião uma campanha para a arrecadação de fundos, que incluiu a organização de duas tômbolas e outros eventos.
Finalmente, as obras foram iniciadas com a derrubada de algumas árvores e o nivelamento do terreno, que em determinados pontos foi rebaixado em quase dois metros.
O autor do projeto, Antônio Vicenti, foi o mesmo que concebeu a planta da Basílica de Santa Teresinha no Rio de Janeiro. O responsável técnico foi o engenheiro Fiorello Panelli, auxiliado pelo mestre de ¬obras Antônio Basile.
Os três sinos, fundidos por Ângelo Angeli, foram doados pelo conde Francisco Matarazzo e por Benedita Augusta Lopes Pedroso e Josefina R. Gavião.
No mês de maio de 1928 foram concluídos o piso de granitina artificial, que ficou a cargo dos irmãos Interlenghi, e os detalhes do revestimento interno, que foram executados pelos estucadores Luís e Alfredo di Matteo, também responsáveis pelos capitéis e baixos-relevos. Em apenas dois anos a construção da Igreja estava concluída.
Em 17 de maio de 1928, na festa da Ascensão e comemoração do 3º aniversário da canonização de Santa Teresinha, o templo foi, enfim, inaugurado e bento por Dom Duarte Leopoldo e Silva.