História
Em 1920, o casal Cláudio de Sousa e Luiza Leite de Souza, em viagem à Itália, foi visitar o Santuário de Nossa Senhora do Rosário, na cidade de Pompéia, província de Nápoles. Cláudio e Luíza tinham uma filha que sofria de grave moléstia, considerada incurável pela medicina. Os pais viajaram e deixaram a filha doente em São Paulo.
No Santuário, com o coração e a mente amargurados, pediram uma graça que parecia impossível: a cura da filha. Eles pediram a intercessão de Maria, mãe de Jesus, invocada como Nossa Senhora do Rosário. Luiza e Claudio, ainda se encontravam em Pompéia, na Itália, e receberam uma carta com uma notícia maravilhosa. A filha apresentara melhoras repentinamente. Ela sentia-se curada, de forma inexplicável.
Os pais retornam ao Brasil e confirmam, com seus olhos, o que os céus lhes davam: a filha curada.
Profundamente tocados, agradecidos no fundo do coração, Cláudio e Luíza mandam construir, em terreno que possuíam no ponto mais elevado do outeiro que dominava a região – neste alto que é agora a Avenida Pompéia – uma pequena capela.
Uma capelinha de 7 por 14 metros, debruçada sobre a região praticamente desabitada. Naquele pequeno lugar de oração, o agradecido casal, colocou a imagem de N. Sra. do Rosário de Pompéia, trazida da Itália. No dia 12 de outubro de 1922, o Padre Venâncio Nalini, que era vigário da Freguesia de Nossa Senhora da Lapa, abençoou e entregou à devoção do povo a capelinha de N. sra. do Rosário de Pompéia. Em torno da capela cresceu o bairro, que assumiu o nome originário da padroeira. Por isso, se chama: Bairro de Vila Pompéia.
O cenário
Casarões esparsos. Árvores e bicas de água aqui e ali; descampados, pequenos morros e pirambeiras. Longe, via-se a estrada por onde passavam boiadas. Mais ao longe, o alto do Sumaré; mais distante ainda, o Campo das Perdizes; por toda parte, sanhaços, pardais, paturis, nhambus; e arbustos carregados de araçás, que os moleques comiam gulosamente. Que delícia, diria uma amiga minha!
Os Camilianos
Os Padres e Religiosos Camilianos, fundados por S. Camilo de Lellis em 1582, na Itália, que têm como missão principal, o cuidado para com os doentes, chegaram ao Brasil em 1922, a convite do Bispo de Mariana (MG), Dom Silvério Gomes Pimenta. Por conta da morte do bispo que os convidou acabaram não se fixando em Mariana, conforme o desejo do prelado, mas sim em S. Paulo.
O Pe. Inocente Radrizzani, coordenador da missão camiliana no Brasil, entrou em contato com Dom Duarte Leopoldo e Silva, Arcebispo de São Paulo, e logo foi recebido, com seus colegas, em audiência. Após uma calorosa recepção o mesmo ofereceu a capelinha de N. Sra. do Rosário de Pompéia e o seu entorno, bairro muito carente, para que iniciasse e desenvolvesse o seu trabalho. O sacerdote, aceitou imediatamente a oferta e arregaçou as mangas para trabalhar.
Padre inocente tomou posse da capelinha no dia primeiro de novembro de 1923, dia de Todos os Santos no calendário litúrgico. A partir de então, passou a haver missa todos os domingos. Iniciaram-se as aulas de catequese. Aos sábados, recitava-se o terço. O culto a N. Sra. do Rosário de Pompéia foi crescendo, junto com a população que foi aumentando.
Pe. Inocente tinha uma visão social de sua tarefa: instalou uma pequena escola, para atender as crianças da região – então com poucas facilidades quanto ao ensino – e providenciou um consultório médico, com atendimento gratuito apara toda a população. Esse consultório no decorrer dos anos evoluiu para Policlínica S. Camilo e hoje, Hospital Maternidade São Camilo, grande centro de referência em Saúde.
O crescimento do bairro e do número dos seus habitantes tornou a capelinha pequena para as necessidades do culto. Daí o lançamento da pedra fundamental da igreja que iria substituir a capela. Em 1928 começava-se a construir a nova igreja, isto é, a igreja atual.
Com projeto do arquiteto Giuseppe Sachetti, a igreja reproduz as linhas do santuário de Pompéia, na Itália. Basicamente a Igreja foi construída em cinco anos.
Alguns anos mais tarde foi criada a paróquia que foi desmembrada da Paróquia São João Vianey. No dia 19 de novembro de 1939 foi instalada a Paróquia e assumiu como primeiro Pároco o Pe. José Simoni, o qual ficou longos anos à frente da mesma.
Párocos
1.Pe. José Simoni (19/11/39-13/05/56).
2.Pe. Ernesto Boff (13/05/56-13/05/62)
3.Pe. Miguel Fernandes (13/05/62-21/06/68)
4.Pe. Afonso Pastore (21/06/68-30/06/77 e 03/08/80-14/0681)
5.Pe. Firmino Waldemar Pasqual (30/06/77-03/08/80)
6.Pe. Clemente Pasqual (14/06/81-16/02/86)
7.Pe. Arcídio Favretto (16/02/86-24/07/93)
8.Pe. João Afonso Zago (12/07/93-14/10/01
9.Pe. José Maria dos Santos (14/10/01-12/04/04)
10. Pe. Arlindo Toneta (16/05/04 – 31/07/2013)
11. Pe. Rosivaldo Donizeti (01/08/2013 – ….)
Como pudemos notar, desde o início a paróquia foi administrada por camilianos, por isso mesmo, ela foi se destacando pelas ações na área da saúde, em domicílios e nos hospitais, que lhe deram uma identidade bem camiliana. Por conta disso e pela presença do Hospital S.Camilo, idealizado pelo Pe. Inocente e seus companheiros, que está à direita da Matriz, muitas pessoas pensam que se trata da paróquia de São Camilo.
Destaques dessas gestões
• Criação do Centro Social N. Senhora do Rosário.
• Criação do Encontro de Casais com Cristo (ECC).
• Evangelização Infantil (EI).
• Escola de Emaús.
• Retiro de Casais de Primeira e Segunda União.
• Criação das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) em nível urbano, na Pompéia e nas periferias de S. Paulo.
• Criação das duas Casas de Acolhida.
• Curso de Noivos Domiciliar.
• Evangelização Infantil.
Somando todos os serviços de Evangelização, sociais e caritativos a Paróquia conta, atualmente, com mais de 60 movimentos.
Ultimamente foi criada a Pastoral da Inserção, Evangelização Infantil, o Grupo Missionário Sal e Luz e a Pastoral da Acolhida.
A cada fim de semana, o povo está sendo alimentado, eucaristicamente, com 16 missas, na Matriz e nas CEBSs.
Iniciamos um novo projeto editorial em Dezembro de 2014 com o objetivo de substituir nosso Jornal Informativo pela Revista “Livre Sou!”, com essência totalmente cristã. Continuaremos a trazer as experiências da paróquia e de seus paroquianos, as atividades das comunidades, do centro social, mas também novas e diversificadas matérias sobre comportamento, espiritualidade, gastronomia, viagens, e tudo mais que signifique Vida, à todo e qualquer tipo de leitor. Serão 20 páginas, com uma tiragem de 4 mil exemplares/mês.
Somos uma paróquia Viva, em constante movimento!