Biografia
Segundo de quatro filhos do casal Orlando Fernandes das Neves e Helena Augusto das Neves, um operário e uma mãe do lar, ambos de origem rural.
Realizou os estudos primários e secundários em São José dos Campos, fez curso profissionalizante no Senai, e trabalhou por dez anos na General Motors do Brasil, em São José dos Campos. Obteve o título de bacharel em Direito pelas Faculdades Integradas de São José dos Campos.
Em 1992, ingressou no Seminário diocesano cumprindo os estudos de Filosofia no Instituto de Filosofia Santa Teresinha, em São José dos Campos, e os de Teologia no Instituto Teológico Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté. Obteve depois da ordenação sacerdotal o título de mestre em Direito Canônico no Instituto de Direito Canônico “Pe. Dr. Giuseppe Benito Pegoraro”, de São Paulo, e de doutor na Pontifícia Universidade Lateranense, de Roma.
Foi ordenado Diácono no dia 01.08.1998 e, presbítero, em 03.07.1999. Foi assessor diocesano da Comissão Sócio Política e da Campanha da Fraternidade e também representou a diocese nas tratativas junto a uma ocupação de trabalhadores sem terra (MST) na chamada Fazenda Santa Rita, em São José dos Campos.
Exerceu os ofícios de vigário paroquial na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na paróquia São José e na paróquia Coração de Jesus; foi pároco na paróquia São Benedito e na paróquia São João Bosco; reitor do Seminário de Filosofia, no Instituto de Filosofia Santa Teresinha, em S.José dos Campos, e posteriormente na Residência Pe. Rodolfo Komórek, em Taubaté, membro do Conselho de presbíteros e do Colégio de Consultores, defensor do vínculo, e posteriormente juiz e vigário judicial adjunto no Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Aparecida; Vigário Judicial para aforamento canônico na diocese de S.José dos Campos, Promotor de Justiça no Tribunal diocesano para um suposto milagre do Venerável Pe. Rodolfo Komorek, Juiz no Tribunal Diocesano para investigar a fama da santidade e martírio do Servo de Deus, Franz de Castro Holzwarth, Promotor de justiça para a sessão de exumação da serva de Deus, Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico; professor de Direito Canônico na Faculdade de Teologia Paulo VI, em Mogi das Cruzes, na Faculdade Católica de S. José dos Campos, na Faculdade Dehoniana, em Taubaté, no Centro Universitário Salesiano Pio XI, em São Paulo, na Faculdade São Bento, em São Paulo e no Instituto Superior de Direito Canônico Santa Catarina, em Florianópolis, assistente eclesiástico na União dos Juristas Católicos de S.José dos Campos, presidente da Pastoral Judiciária da diocese de S.José dos Campos e diretor espiritual do Grupo de Reflexão “Filhos no Céu”. Desde 2015 é pároco da Paróquia Nossa Senhora da Soledade, em São José dos Campos.
Tese doutoral: “O munus docendi do pároco e suas consequências no sacramento da confissão, Universidade Lateranense. Publicação: Vademecum para os párocos: coletânea do Código de Direito Canônico e outras citações referentes ao ofício do pároco, edições CNBB, 2019.
Foi nomeado pelo Papa Francisco Bispo Titular de Lares e Auxiliar de São Paulo em 3 de março de 2022, recebendo a ordenação episcopal em 1 de maio do mesmo ano, na Paróquia Nossa Senhora da Soledade, em São José dos Campos.
Brasão e Lema
Escudo arredondado de cor azul perfilado de dourado, encimado por uma cruz na forma grega de cor vermelha com bordas douradas. No centro da cruz a figura de um Cordeiro, com nimbo, em pé, na cor branca, com a marca da imolação, segurando um cajado de pastor de cor dourada.
O conjunto pousado sobre uma cruz de ouro. Acima, o chapéu eclesiástico forrado de vermelho com seus cordões em cada flanco, terminados por seis borlas cada um, tudo na cor verde.
Abaixo da cruz um listel (faixa) de ouro com o lema episcopal de Dom Rogério Augusto das Neves, tirado do livro dos salmos: “O SENHOR É MEU PASTOR”, em latim “DOMINUS PASCIT ME” (cf. Sl 23), em letras pretas.
O escudo na cor azul remete ao manto de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e patrona da sede metropolita da província eclesiástica na qual está situada a diocese de São José dos Campos. A cruz na cor vermelha, no centro do escudo, recorda o sacrifício redentor de Cristo, centro da fé cristã, e também o culto ao Sagrado Coração de Jesus, ícone do amor divino.
O Cordeiro com os sinais da Paixão, mencionado em diversas partes do livro do Apocalipse, que está de pé, como que imolado (Ap 5, 6), é a imagem do próprio Cristo. Ele traz o cajado de pastor, porque só Ele é o Bom Pastor, aquele que dá a vida pelas ovelhas (Jo 10, 11). Além de ser o único que deve guiar a vida de seus discípulos, confere também aos discípulos a missão de apascentar suas ovelhas, como expressão do amor que lhe dedicam, sem, contudo, deixar de serem ovelhas suas, deixando-se guiar por ele, conforme diz a Pedro: “Tu me amas? Apascenta as minhas ovelhas…”. Concluindo depois com um novo chamado: “Segue-me” (cf. Jo 21, 1-19).
A cruz e o chapéu eclesiástico representam a dignidade episcopal.